CONSEGUIMOS!

Depois de muito esforço e empenho em busca de ajuda para o Abrigo e Pousada Filhos de Deus, conseguimos muitas doações para essas pessoas que tanto precisam de ajuda.
Pessoas que muitas vezes estão desenganadas da vida e tristes pelo sofrimento de uma notícia de doença.
A entrega das doações foi realizada na manhã de hoje, (31) por alguns alunos da turma que esteve em todo momento unida para que este momento acontecesse.

Conseguimos arrecadar muitos colchões, alimentos, roupas, toalhas, lençóis, produtos de higiene e limpeza e principalmente leite em pó integral, que segundo dona Helena era o que mais precisava.
Muitas pessoas ficaram sabendo da necessidade dessas pessoas pelo Orkut, Twitter, Facebook, Flickr, Youtube, por essa página e pelo nosso apelo que conversando com amigos, familiares, conseguimos fazer isso acontecer.

A casa de apoio é mantida apenas com doações. Segundo dona Helena, outras pessoas também ajudam com alimentos e produtos de higiene. “Esse tempo é o que mais passamos necessidade.
Graças a Deus vocês puderam nos ajudar e com certeza garantir nosso mês com esses alimentos, e nossas noites mais tranquilas com esses colchões. Só temos que agradecer”, disse dona Helena, feliz com mais essa conquista.

Estaremos unidos, para que este trabalho solidário seja continuado. E desde já deixamos aqui o nosso MUITO OBRIGADO a todos que de alguma forma ajudaram, seja com doações ou com o simples repasse de informações.

Fazer uma pessoa feliz é bom, mas fazer muitas pessoas felizes é maravilhoso!

Mariana Paiva




Campanha Torcedor Amigo

O Clube Náutico Capibaribe promove uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis para a Pousada e Abrigo Filho de Deus, uma instituição que recebe pessoas que moram no interior do Estado e fazem tratamento de saúde em Recife, e não possui lugar para ficar na capital.O lar tem à frente Dona Helena, que há 15 anos coordena a instituição.


A mesma tem o prazer de abrigar estas pessoas, dando moradia e alimentação durante o tratamento. O abrigo vive de doações e o torcedor alvirrubro poderá fazer sua parte. Na partida desta sexta-feira, contra o Bragantino, nos Aflitos, três pontos de arrecadação vão estar à disposição do alvirrubro. Um na Rua Manoel de Carvalho, um na Angustura e outro na sede social.

O torcedor poderá trazer alimentos não perecíveis, principalmente leite em pó. Após o jogo, os alimentos vão ser recebidos na secretaria do Clube até a segunda-feira (24). Participe

Fonte: Rafaela Queiroz


acesse e confira: http://www.nautico-pe.com.br/imprensa-noti96ciasInterna.php?idNot=2607

A história de Rodrigo

Morador de Belém do Pará, super bem humorado e comunicativo, Rodrigo teve meningite aos três meses de vida. Hoje, aos doze anos sofre com as sequelas que a doença deixou. No Pará não tem o tratamento adequado para ele, por isso, foi encaminhado para o AACD aqui em Recife, onde está vindo de dois em dois meses desde janeiro.

A mãe de Rodrigo além de acreditar na recuperação do filho, ainda participa do tratamento. “Pedi as médicas da AACD, para me ensinar a fazer os exercícios com ele, para eu fazer em casa e para ajudar ainda mais na recuperação dele. Elas me ensinaram e por isso só vamos precisar voltar para fazer revisões com ele e ver o progresso do tratamento”, diz Alcione, mãe de Rodrigo.

Rodrigo e sua família recebem uma ajuda de custo do governo de Belém para se manter aqui em Recife. A casa de dona Helena também foi indicada pelo Governo, para que eles se hospedarem. “Quando a gente chegou fiquei totalmente perdida, sem saber para onde ir, porque eu não conhecia nada em Recife. Mas fomos muito bem recebidos por Dona Helena e por todos que ficam aqui" completa.

“Mas to querendo voltar para casa, até para não ocupar espaço aqui que pode servir para outras pessoas. Se eu ficasse só ia ficar indo para o AACD nos dias de segunda e o restante dos dias ia ficar sem fazer nada. Por isso prefiro ficar fazendo os exercícios que aprendi com as médicas em casa e deixar os dois lugares para outras pessoas que estejam precisando mais”, conclui Alcione.

Mariana Paiva




O canto de Sabiá

Esperando passar o tempo, Sabiá ensaia o que cantar. Mas não é sempre, depende do humor dela no dia. Segundo dona Helena, ela canta muito bem, mas se alguém pedir para que Sabiá cante, ela pára.

"Ela é uma incógnita", revela dona Helena. O nome verdadeiro de Sabiá não se sabe. Tem dias que ela diz ser Luzinete, outros vira até artista, é Marilyn Monroe ou Dalva de Oliveira.

Mas a trajetória da vida dela não foi fácil. Há alguns anos, Sabiá foi encontrada numa praça com a cabeça aberta, foi levada ao Hospital da Restauração, onde se recuperou, mas nenhum familiar apareceu para levá-la.

E como Sabiá, que é cega, já vivia em condição de rua, quiseram levá-la para onde vivia, a praça Maciel Pinheiro.

Porém, ao ver essa situação, dona Helena não deixou que ela voltasse à condição de moradora de rua e a levou para morar na 'Pousada e Abrigo Filhos de Deus', e já reside por lá há 7 anos.

Tem dias em que Sabiá incorpora propagandista de loja, canta de tudo. Trazendo um pouco de calma ao lar de dona Helena, afinal como já diz o ditado 'quem canta seus males espanta'.


Bruna Evelyn Oliveira

Um homem sem conversas

  1. Sentado nessa cadeira, como mostra a imagem ao lado, José Gilson de 42 anos, passa o dia quieto e sem muitas conversas. Ele mora em Petrolina com os três filhos. Há um ano se mudou para Recife e deu início ao tratamento do câncer de pele.
  1. A doença foi descoberta em 2007, após o aparecimento de manchas pelo corpo. “Quando descobri tive fé em Deus pra enfrentar”, conta.José já fez três cirurgias no Hospital do Câncer. “Meu sonho é ficar bom”, desabafa.
  2. Ele conta que antes era um homem animado e gostava de conversar. Mas depois do câncer, se tornou uma pessoa de poucas palavras e quieto. “ Eu antes conversava muito, hoje estou me sentindo estranho”, explica.

De lá do Sertão, os filhos se comunicam com o pai toda semana. “Eu tenho muita saudade da minha família, mas vou voltar pra casa em breve”A notícia que ele recebeu foi que outro tumor teria aparecido no lado esquerdo do pescoço.

No mesmo local onde foram feitas as cirurgias. “Eu sinto incomodo, um mal estar”, relata.

Priscilla Cavalcanti

História em quadrinho


Superação e Abandono

Curado de um câncer na garganta seu Amaro vive há dez anos no abrigo Filhos de Deus. Dona Helena explica que logo quando seu Amaro chegou era meio arisco, falava muito palavrão, mas com o passar do tempo e a amostra de amor e carinho que encontrou no abrigo ele mudou.

Devido ao câncer, seu Amaro ficou com a garganta aberta, que não cicatrizou e por isso ele só se alimenta através da sonda com líquidos como iogurte, leite e sustagem. Mesmo curado, ainda tem que ficar indo ao hospital para fazer a assepsia na ferida.

Seu Amaro também tem medo de tomar banho. “Ele toma banho da maneira dele. Não entra no chuveiro e se ensaboa como a gente, mas ele pega papel com álcool e passa no corpo. Ás vezes ele cheira mal, mas nem por isso vou deixar de abraçá-lo e beijá-lo e nem colocar ele na rua”, afirma Dona Helena.

Ele era de Olinda, mas a família o abandonou. Hoje ele tem contato com a família, mas ainda mora no abrigo. “Ele é louco pelos netos. Todo mês quando ele recebe dinheiro, leva lá, mas o povo só quer saber do dinheiro dele”, conclui Dona Helena.


Izabella Viana

De Macapá para Recife

“Quando eu me acordo peço a Deus que me dê força nessa batalha”, disse Neide Oliveira de 28 anos. Batalha que ela enfrenta há um ano, depois que descobriu que um dos cinco filhos estava com câncer no pescoço e no pulmão. Natural de Macapá, Neide e Natanael de seis anos viajaram para o Recife em busca de tratamento. O percurso foi longo e arriscado. No aeroporto do Recife Neide não sabia para onde ia. Era primeiro de janeiro de 2010 quando um casal desconhecido os ajudaram a chegar ao Hospital do Câncer. Este mesmo casal livrou Neide e Natanael de serem assaltados no metrô do Recife.


Depois de horas de viagem sem bebida e alimentação Neide e Natanael foram acolhidos por Dona Helena na Pousada e Abrigo Filhos de Deus no bairro de Santo Amaro. Em janeiro deste ano, o pequeno garoto começou a fazer exames e a quimioterapia. A primeira biopsia constatou que o câncer no pescoço estava com oito centímetros e no pulmão com mais de dez centímetros. Hoje a alegria está estampada no rosto dessa família. O câncer no pescoço reduziu para um centímetro e no pulmão também diminuiu; na próxima semana será divulgado o exame do pulmão, mas sabe-se que o local não está comprometido. “Foi uma bênção de Deus, é um milagre”, comemora Neide.


Todos os dias a mãe fala com os filhos que moram em Macapá. “Há seis meses quando sai da minha cidade eu disse aos meu filhos que ia cuidar do Natanael e a mamãe voltava com o irmãozinho curado”, desabafou Neide. O marido faleceu há dois meses de enfarte fulminante. Nesse momento as lágrimas escorrem pelo rosto de Neide. Com saudade e chorando ela falou: “meus filhos é a coisa mais preciosa da vida”. Os médicos daqui orientaram não falar sobre a triste notícia do pai para não atrapalhar os procedimentos. Natanael sempre lembra do pai e diz que vai ser o espelho dele.


No meio da entrevista Natanael aparece com o sorriso no rosto, aperta a minha mão e curioso pergunta o que estou escrevendo. Ele mostrou os carrinhos que ganhou da mãe durante um passeio no shopping. Ainda falou que foi à praia e estendeu o bracinho mostrando que levou injeção por causa do tratamento. “Tenho medo que meus dentes caiam e também tenho um sonho de voltar para casa com a minha mãe e ver minha família”, disse Natanael sentado ao meu lado. Os efeitos colaterais dos exames são os dentes que estão amolecendo. Em compensação ele não teve queda de cabelo. Inteligente, o pequeno de seis anos explica que Macapá foi separada pelo rio Amazonas e conta quantas horas levou de avião e barco para chegar ao Recife.


Segundo os médicos Neide e Natanael ficam no Recife até outubro deste ano. “Antes de outubro eu volto para casa, muito antes, com meu filho... minha fé é inabalável”, emocionou-se. Sentada na calçada Neide afirma que não quer dinheiro, e sim, felicidade.


“Minha vida hoje não está ruim, está boa, meu filho está melhorando... a gente cai hoje para levantar amanhã”. Assim, finalizo a história com essa mensagem de uma família vencedora.


Priscilla Cavalcanti

Verso

Olhe que de roupa eu tenho
Lá em casa uma touceira
Se eu tivesse 10 irmãos
Não faltaria uma beira
Porém como sou sozinho
Eu vou doar um pouquinho
Pois também sou irmãozinho
Deles, de qualquer maneira.

JOSÉ MAURO DE ALENCAR - JÚNIOR DO BODE

O clima do Abrigo de Dona Helena


Ao entrar na rua Rocha Pita, no bairro de Santo Amaro, não é difícil achar a 'Pousada e Abrigo Filhos de Deus'. Cadeiras enfileiradas na calçada, lençóis e roupas improvisadas num varal do outro lado da rua. Pronto, chegamos ao lar de Dona Helena, que como sempre está de braços abertos para receber as visitas. "Estamos sempre a disposição de vocês, nunca é cansativo, fico feliz de poder contar a todos a minha história", diz ela emocionada com o interesse, que todos os alunos que estão na visita demonstram em ajudar.

A porta da casa está, como de costume, aberta, para quem quiser passear pelos corredores. Colchões estão espalhados por todo canto, indicando a quantidade de gente que reside ali, mas ninguém se importa, o que vale mesmo é ter um lugar para dormir e comer.

Quase meio dia, e todos esperam pelo almoço, vai ser carne. Segundo dona Helena, o dono de um restaurante vizinho da pousada sempre a ajuda a alimentar seus hóspedes. Mas antes de tudo, a doação precisa ser o amor, que sacode o espírito e dá nova vida aos doentes. Eles brigam, choram e brincam como uma família de verdade. Dona Helena, fala, que às vezes precisa pegar no pé de alguns, por causa do desperdício de sabonete, papel higiênico (tudo doação). "Eu tento passar pra eles a importância de cada coisa que temos, é preciso valorizar tudo", diz.

Enquanto conversamos com ela, chega um amigo, ou melhor, sirineu (é como ela chama todas as pessoas que a ajudam de alguma forma a sustentar a casa) com as verduras para complementar a refeição do dia. Dá um oi e se vai, mas deixa uma recompensa muito importante para cada morador da pousada. Dona Helena compara a casa com o Cristo Redentor, pois está sempre de braços abertos, principalmente para os que querem ajudar.

O clima da casa é muito familiar, lá reside o carinho e o respeito pelo próximo. Não tem lugar na pousada para o preconceito. Se não for para ajudar, é melhor nem passar pela frente. "Todos somos iguais", conclui dona Helena.

Bruna Evelyn Oliveira

Jorge Eduardo

Enfermeiro, descobriu aos 23 anos que estava com câncer. Morava em Petrolina e veio se tratar em Recife. Durante dois anos ficou hospedado no abrigo de Dona Helena, onde conseguiu se curar através de tratamento no Hospital do câncer.

Hoje, Jorge dedica os seus dias para cuidar das pessoas do abrigo. “Ele passa o dia todo aqui, só vai para a casa de noite. Ele agora mora em um apartamento”, diz Dona Helena.

Além da ajuda na parte de enfermaria, ele também leva os abrigados para o hospital e marca consultas, através de conhecimentos que ele tem. “Eu sou amigo das pessoas aqui e procuro ajudar a todos”, afirma ele.

Izabella Viana

Uma História Emocionante e de Superação


Dona Helena, como é conhecida e dona dessa história, nunca imaginou que sua vida mudasse nessa proporção. Depois de sofrer com a notícia de que tinha um câncer e que suas chances de sobreviver eram quase impossíveis, a guerreira dona Helena passou por momentos desesperadores e de muita luta. Todos os médicos a desiludiram da vida. Dona Helena foi submetida a vários tratamentos e seções de quimioterapia e radioterapia aqui no Estado e em São Paulo.

Depois de muita luta a cura finalmente chegou e hoje ela está bem. Dona Helena após tudo que passou, ela teve a idéia de ajudar quem enfrenta o mesmo problema que ela superou. A iniciativa surgiu em 1984, quando ela decidiu trabalhar como voluntária, acompanhando os pacientes que estavam sozinhos, no pronto-socorro localizado no bairro do Arruda / Recife.

A vontade de ajudar quem precisava foi crescendo e a iniciativa então se expandiu. Dona Helena alugou com seu o próprio dinheiro, uma casa próxima ao Hospital do Câncer, para abrigar os pacientes de outras cidades que se tratavam na unidade e que não tinham onde ficar durante os tratamentos. E assim, dona Helena passou a ser conhecida pelo seu trabalho e passou a receber cada vez mais doações.

Devido as doações, em 1994 dona Helena se mudou com os pacientes para uma casa em Santo Amaro, onde está até hoje. Os pacientes chegaram a casa “Pousada e Abrigo Filhos de Deus”, através de encaminhamentos de hospitais públicos e até particulares. Hoje, dona Helena abriga 62 pessoas que estão em tratamento aqui no Recife, em sua maioria contra o câncer e que moram no interior do estado e não têm onde ficar aqui. Durante toda a entrevista, dona Helena se mostrou muito feliz e entusiasmada com o seu trabalho. "Sou muito feliz por abrigá-los. Faço tudo que posso fazer e eles têm o melhor que posso dar. Nós somos uma família".

A casa de apoio é mantida apenas com doações. Segundo dona Helena, várias pessoas contribuem para que o trabalho solidário seja continuado. Hoje, um grupo de Juízes paga as contas de água do abrigo, um grupo de advogados é responsável pelas contas de energia e os alugueis fica por conta de um empresário. Com as doações que recebe, dona Helena muitas vezes ajuda até uma creche do recife.

Essa é uma das histórias das muitas que ainda serão contadas e postadas nesse blog. Assim, fazemos um apelo para as pessoas que se sensibilizaram com a história, a fazer parte dessa REDE AMIGA, ajudando com alimentos, matérias de higiene, roupas e principalmente com Leite Integral, para alguns pacientes que só se alimentam com esse tipo de leite.

Contamos com a colaboração de todos nas ajudas e no acompanhamento dessa história de vida.

Mariana Paiva