Tem muita gente que reclama de barriga cheia...


“Tem muita gente que reclama de barriga cheia”, disse Aurélia Alves Pereira de 12 anos ao falar da sua vida e da batalha que enfrenta a dois anos contra a Escoliose. Desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, que resulta em uma deformação da coluna em um formato de "S".

A menina que mora em Petrolina já esteva aqui em Recife outra vez em busca de tratamento no Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira – IMIP, mas infelizmente não conseguiu, pois o médico que atende a esse tipo de problema estava em um Congresso.

A menina voltou para casa com muitas dores e é cautelosa quando o assunto é medicamento. “Prefiro não tomar remédio por conta própria, só para passar a dor, tenho medo de que a dor piore e o remédio não faça mais efeito, por isso vou suportando”, disse.

A mãe de Aurélia, dona Auricélia conta que luta com a filha por uma cirurgia, pois o tratamento é demorado e ela já sofreu muito. A menina sente fortes dores nos ombros, na coluna e nas pernas que também sofrem com as câimbras e acaba tirando a força e ela cai. “Muitas vezes ela já se machucou com a queda. Ela sente dor e câimbra na perna e com isso acaba caindo do nada, sem força.”, fala a dona Auricélia.

Mãe e filha chegaram a casa de dona Helena por informações de outras pessoas que já passaram pelo abrigo. “Chegamos aqui e fomos bem recebidos por todos, chegamos ontem e parece que estamos aqui a mais tempo, pelo tratamento das pessoas aqui com a gente”, disse a mãe de Aurélia.

A menina tem consulta marcada para a tarde de hoje (01), e espera conseguir resolver seu problema, mas já sente saudade da casa de dona Helena que é tão elogiada por todos. “Quando cheguei aqui na primeira vez adorei, e quando precisei vir de novo, disse a minha mãe, quero ficar na casa de dona Helena”, finaliza Aurélia.

Izabella Viana

CONSEGUIMOS!

Depois de muito esforço e empenho em busca de ajuda para o Abrigo e Pousada Filhos de Deus, conseguimos muitas doações para essas pessoas que tanto precisam de ajuda.
Pessoas que muitas vezes estão desenganadas da vida e tristes pelo sofrimento de uma notícia de doença.
A entrega das doações foi realizada na manhã de hoje, (31) por alguns alunos da turma que esteve em todo momento unida para que este momento acontecesse.

Conseguimos arrecadar muitos colchões, alimentos, roupas, toalhas, lençóis, produtos de higiene e limpeza e principalmente leite em pó integral, que segundo dona Helena era o que mais precisava.
Muitas pessoas ficaram sabendo da necessidade dessas pessoas pelo Orkut, Twitter, Facebook, Flickr, Youtube, por essa página e pelo nosso apelo que conversando com amigos, familiares, conseguimos fazer isso acontecer.

A casa de apoio é mantida apenas com doações. Segundo dona Helena, outras pessoas também ajudam com alimentos e produtos de higiene. “Esse tempo é o que mais passamos necessidade.
Graças a Deus vocês puderam nos ajudar e com certeza garantir nosso mês com esses alimentos, e nossas noites mais tranquilas com esses colchões. Só temos que agradecer”, disse dona Helena, feliz com mais essa conquista.

Estaremos unidos, para que este trabalho solidário seja continuado. E desde já deixamos aqui o nosso MUITO OBRIGADO a todos que de alguma forma ajudaram, seja com doações ou com o simples repasse de informações.

Fazer uma pessoa feliz é bom, mas fazer muitas pessoas felizes é maravilhoso!

Mariana Paiva




Campanha Torcedor Amigo

O Clube Náutico Capibaribe promove uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis para a Pousada e Abrigo Filho de Deus, uma instituição que recebe pessoas que moram no interior do Estado e fazem tratamento de saúde em Recife, e não possui lugar para ficar na capital.O lar tem à frente Dona Helena, que há 15 anos coordena a instituição.


A mesma tem o prazer de abrigar estas pessoas, dando moradia e alimentação durante o tratamento. O abrigo vive de doações e o torcedor alvirrubro poderá fazer sua parte. Na partida desta sexta-feira, contra o Bragantino, nos Aflitos, três pontos de arrecadação vão estar à disposição do alvirrubro. Um na Rua Manoel de Carvalho, um na Angustura e outro na sede social.

O torcedor poderá trazer alimentos não perecíveis, principalmente leite em pó. Após o jogo, os alimentos vão ser recebidos na secretaria do Clube até a segunda-feira (24). Participe

Fonte: Rafaela Queiroz


acesse e confira: http://www.nautico-pe.com.br/imprensa-noti96ciasInterna.php?idNot=2607

A história de Rodrigo

Morador de Belém do Pará, super bem humorado e comunicativo, Rodrigo teve meningite aos três meses de vida. Hoje, aos doze anos sofre com as sequelas que a doença deixou. No Pará não tem o tratamento adequado para ele, por isso, foi encaminhado para o AACD aqui em Recife, onde está vindo de dois em dois meses desde janeiro.

A mãe de Rodrigo além de acreditar na recuperação do filho, ainda participa do tratamento. “Pedi as médicas da AACD, para me ensinar a fazer os exercícios com ele, para eu fazer em casa e para ajudar ainda mais na recuperação dele. Elas me ensinaram e por isso só vamos precisar voltar para fazer revisões com ele e ver o progresso do tratamento”, diz Alcione, mãe de Rodrigo.

Rodrigo e sua família recebem uma ajuda de custo do governo de Belém para se manter aqui em Recife. A casa de dona Helena também foi indicada pelo Governo, para que eles se hospedarem. “Quando a gente chegou fiquei totalmente perdida, sem saber para onde ir, porque eu não conhecia nada em Recife. Mas fomos muito bem recebidos por Dona Helena e por todos que ficam aqui" completa.

“Mas to querendo voltar para casa, até para não ocupar espaço aqui que pode servir para outras pessoas. Se eu ficasse só ia ficar indo para o AACD nos dias de segunda e o restante dos dias ia ficar sem fazer nada. Por isso prefiro ficar fazendo os exercícios que aprendi com as médicas em casa e deixar os dois lugares para outras pessoas que estejam precisando mais”, conclui Alcione.

Mariana Paiva




O canto de Sabiá

Esperando passar o tempo, Sabiá ensaia o que cantar. Mas não é sempre, depende do humor dela no dia. Segundo dona Helena, ela canta muito bem, mas se alguém pedir para que Sabiá cante, ela pára.

"Ela é uma incógnita", revela dona Helena. O nome verdadeiro de Sabiá não se sabe. Tem dias que ela diz ser Luzinete, outros vira até artista, é Marilyn Monroe ou Dalva de Oliveira.

Mas a trajetória da vida dela não foi fácil. Há alguns anos, Sabiá foi encontrada numa praça com a cabeça aberta, foi levada ao Hospital da Restauração, onde se recuperou, mas nenhum familiar apareceu para levá-la.

E como Sabiá, que é cega, já vivia em condição de rua, quiseram levá-la para onde vivia, a praça Maciel Pinheiro.

Porém, ao ver essa situação, dona Helena não deixou que ela voltasse à condição de moradora de rua e a levou para morar na 'Pousada e Abrigo Filhos de Deus', e já reside por lá há 7 anos.

Tem dias em que Sabiá incorpora propagandista de loja, canta de tudo. Trazendo um pouco de calma ao lar de dona Helena, afinal como já diz o ditado 'quem canta seus males espanta'.


Bruna Evelyn Oliveira

Um homem sem conversas

  1. Sentado nessa cadeira, como mostra a imagem ao lado, José Gilson de 42 anos, passa o dia quieto e sem muitas conversas. Ele mora em Petrolina com os três filhos. Há um ano se mudou para Recife e deu início ao tratamento do câncer de pele.
  1. A doença foi descoberta em 2007, após o aparecimento de manchas pelo corpo. “Quando descobri tive fé em Deus pra enfrentar”, conta.José já fez três cirurgias no Hospital do Câncer. “Meu sonho é ficar bom”, desabafa.
  2. Ele conta que antes era um homem animado e gostava de conversar. Mas depois do câncer, se tornou uma pessoa de poucas palavras e quieto. “ Eu antes conversava muito, hoje estou me sentindo estranho”, explica.

De lá do Sertão, os filhos se comunicam com o pai toda semana. “Eu tenho muita saudade da minha família, mas vou voltar pra casa em breve”A notícia que ele recebeu foi que outro tumor teria aparecido no lado esquerdo do pescoço.

No mesmo local onde foram feitas as cirurgias. “Eu sinto incomodo, um mal estar”, relata.

Priscilla Cavalcanti